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Devo pagar o dízimo para a igreja e pastores?

Vou expor de maneira bem direta a visão bíblica sobre o dízimo, e espero poder ajudar pessoas sinceras a fugirem de vez dessa confusão religiosa:


Pote derramando moedas
Photo by Josh Appel on Unsplash

1. O Dízimo é mencionado duas vezes antes da Lei de Moisés ser estabelecida.

  • Uma menção está em Gênesis 14:20 quando Abrão, voltando de uma guerra, deu o dízimo a um rei sacerdote chamado Melquisedeque. Já a outra menção está em Gênesis 28:22 quando Jacó pede para Deus o abençoe em sua jornada, fazendo ele então um voto de dar ao Senhor o dízimo de todos os seus bens. Até a chegada da lei de Moisés, não temos nenhuma referência que comprove que a prática dizimista era oriunda de uma mandamento divino. No caso de Abrão, é notável a sua generosidade, porém, dizer que ele estava obedecendo um mandamento de Deus, seria o mesmo de afirmar algo que a bíblia não diz. Já seu neto, Jacó, repete a prática de seu avô, mas neste segundo exemplo, o contexto deixa claro que o dízimo vem de uma promessa do próprio Jacó, ou seja, Deus não ordenou, mas Jacó se ofereceu em dar. Seria essa uma prática comum da família de Abrão ou daquela sociedade em dar aos outros algo como sinal de gratidão? Talvez! Só não podemos afirmar que era um mandamento.


2. O Dízimo fez parte da lei dada por Deus aos israelitas.

  • "Também todos os dízimos da terra, tanto dos cereais do campo como dos frutos das árvores, são do SENHOR; são santos ao SENHOR." (Levítico 27:30);

  • E "Quando, no terceiro ano, que é o ano dos dízimos, você acabar de separar todos os dízimos da colheita, você os dará aos levitas, aos estrangeiros, aos órfãos e às viúvas, para que comam até se fartarem nas cidades de vocês." (Deuteronômio 26:12). Neste caso, o dízimo era um mandamento que fazia parte da legislação entregue aos israelitas, a nação escolhida por Deus. Desde então, o dízimo passou a ser um mandamento, mesmo que tal prática já existisse.


3. Os Levitas que tinham o dever de recolher os dízimos e não pastores das igrejas:

  • "Aos filhos de Levi dei todos os dízimos em Israel por herança, pelo serviço que prestam, serviço da tenda do encontro." (Números 18:21). Os israelitas deveriam recolher seus dízimos, mas não podiam entregar para qualquer pessoa. Deus deixou bem claro quem deveria receber esses dízimos, os levitas. Alguns dirão que nos dias de hoje, a igreja pode recolher os dízimos pois somos sacerdotes de Cristo. Sim, somos um sacerdócio real, uma nação santa (1Pedro 2:9), mas o serviço desse novo sacerdócio é superior à Lei, e não está debaixo das mesmas ordenanças (Colossenses 2:13-15), portanto, o argumento de que o dízimo deve ser entregue à igreja, não é válido.


4. Mas Jesus pagou o Dízimo!

  • Ao certo, não temos relatos de Jesus dizimando, mas como um bom judeu e vivendo sob a obediência da Lei, Ele certamente pagou o dízimo, pois a Lei revigorou até a sua morte.


5. Após a morte de Jesus, a Lei de Moisés deu lugar a Lei de Cristo:

  • "Cristo aboliu a lei dos mandamentos na forma de ordenanças [...]" Efésios 2:15, a tal Lei que incluía o pagamento do dízimo, e esta foi desfeita na cruz. Se me permite, este ponto exige um pouco mais de explicação, pois em Mateus 5:17 Jesus disse que não veio revogar a Lei, mas cumprí-la. Ele não veio revogar, mas em Efésios 2:15 Paulo diz que Jesus aboliu a Lei? Como isso é possível? A bíblia se contradiz? Primeiramente, precisamos entender o que significa o "cumprimento da Lei" dito por Jesus. “Cumprir” no contexto de Mateus 5:17, não tem relação com “obedecer”, mas sim de completar um propósito estabelecido. Deus estabeleceu, pela boca de muitos profetas, vários propósitos que vieram a se cumprir em Cristo, e por isso Jesus sempre falava a frase "se CUMPRIU a Escritura que diz" (Mateus 13:35, Mateus 27:9; Marcos 15:28; João 12:38), mostrando que o que foi dito no passado pelos profetas, teve seu propósito concluído. Então, qual é o propósito da Lei? O Apóstolo Paulo diz que "A lei veio para que aumentasse a ofensa [...]" (Romanos 5:20) e que a expressão da Lei serve para que "[...] todo o mundo seja culpável diante de Deus." (Romanos 3:19). Ou seja, a Lei foi criada para mostrar para o homem que ele é perdido em seus pecados e totalmente dependente da graça de Deus, e essa graça é Cristo. Com isso, Jesus não veio "revogar" o propósito, objetivo ou finalidade da Lei, mas "cumprí-la" na cruz. Por isso, qualquer argumento para defender a prática do dízimo no contexto de mandamento, será uma tentativa de restaurar algo que já foi cumprido na morte de Jesus Cristo.


6. O cristão contribui conforme a sua prosperidade:

  • Sob uma lei superior, a de Cristo, não fazemos "pagamentos" de dízimo, mas sim contribuições voluntárias "conforme a sua prosperidade" (1Coríntios 16:2).


7. O cristão contribui com amor, generosidade e alegria, conforme proposto no Coração (2Coríntios 8:1-12; 2Coríntios 9:1-9). Portanto, não estamos sob o mandamento do dízimo porque:

  • a Lei de Moisés não se aplica mais;

  • vivemos em uma nova e superior aliança;

  • não pagamos tributos, mas ofertamos pela graça;

  • e temos em mente que Jesus desfez a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças rituais;

  • e por fim, o Espírito Santo nos deixou a graça de participarmos das ofertas voluntárias, que podem superabundar o que era dado na Lei de Moisés.


Que pela graça de Deus, o amor de Jesus Cristo e a sabedoria do Espírito Santo, você venha a compreender a verdade da bíblia em meio a tanta confusão religiosa.

Tem alguma dúvida Bíblica? Fique à vontade para nos visitar, será um prazer te receber! Para mais informações, entre em contato conosco por aqui.

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